Saiba como a Nubia se recuperou do Burnout

Estou escrevendo uma série de artigos que falam sobre novas formas de trabalho e o risco de você ficar em uma profissão que não te faça feliz e poder acabar tendo um burnout. Então resolvi trazer, nas próximas semanas, uma série de entrevistas com pessoas reais, que olharam para suas vidas profissionais com uma nova ótica e transformaram seu caminho.
A primeira delas foi a história da Vivi, que tirou um ano sabático para investigar novas formas de carreira e acabou virando empresária. Essa semana vou te contar a história da Núbia que foi diagnosticada com Burnout em 2016 e trilhou um lindo caminho rumo ao seu equilíbrio.
Quem é você?
Meu nome é Nubia, tenho 33 anos sou jornalista e sócia de uma Agência de comunicação.
Quando você teve burnout?
Eu tive Burnout em setembro de 2016, numa época em que as coisas na empresa estavam muito complexas. Perdemos muitos clientes, cerca de 70% do faturamento em 3 meses e eu tinha uma relação bastante tóxica com um cliente que nos tratava com bastante desrespeito. Eu comecei a perceber que quando chegava um e-mail dele, eu começava a tremer e não queria abrir. Percebi também que meu sono, que sempre foi bastante profundo estava leve e eu acordava muitas vezes durante a noite, sempre ansiosa e preocupada.
Essa situação de estresse constante e falta de descanso fazia com que eu me sentisse muito estafada, não queria ir trabalhar e ia dirigindo chorando até o escritório. Meu ponto fraco é a garganta, e sentia que não conseguia engolir, minha garganta passou a estar sempre inflamada. Várias vezes pensei que podia bater o carro e morrer, que seria mais fácil.
Até que um dia não consegui levantar da cama, travei e então tive certeza que algo estava muito errado comigo.
Como foi o diagnóstico?
Escrevi em uma rede social que não estava me sentindo bem e contei um pouco do cenário e um amigo me mandou uma mensagem dizendo que eu deveria investigar se não estava com Burnout, a esposa dele tinha tido e pelo meu relato ela achou que poderia estar com os sintomas. Eu nunca tinha ouvido falar disso na vida, mas fui investigar. Procurei uma psiquiatra e depois de falar 4 frases ela já me diagnosticou: "Você está com Burnout".
O que você fez para se tratar?
Fiz terapia e tomei remédios por um ano e fiz um processo de health coach que sedimentou minha transformação.
Você mudou de carreira? Se não, como foi continuar fazendo a mesma coisa depois do ocorrido?
Eu não mudei de carreira! Tinha uma agência e continuo tendo, o que mudou foi minha forma de lidar com as pressões do dia a dia, com o meu nível de cobrança e exigência comigo mesma, e com a gestão da vida pessoal e profissional. Me sentia muito pressionada para dar conta da empresa, da casa, de ter tempo para minha filha...
Passei a entender que existem altos e baixos e que mesmo que as coisas não estejam bem, elas vão melhorar.
Tinha uma sócia com uma participação menor na empresa e então decidimos fechar um contrato de 50% para cada uma e isso me ajudou a dividir melhor a demanda com ela.
Aprendi também a delegar para minha equipe, achava que eu tinha que resolver tudo, e aprendi que pedir ajuda não me diminui, muito pelo contrário, me fortalece e me faz ser mais humana e leve.
Como o Health Coach te ajudou nessa jornada?
Depois da crise e do tratamento de um ano, continuava insatisfeita com os resultados pois estava conseguindo gerenciar um pouco melhor as coisas, mas me sentia sempre culpada e com vergonha de mim mesma quando algo não saía bem. Não queria passar por uma nova crise de burnout então comecei a comer muito chocolate... Comia por volta de duas barras de 200gr todos os dias, alguns dias comia até 3 barras. Era minha válvula de escape uma vez que o chocolate dá aquela sensação de bem-estar, eu descontava minhas frustrações nele para não ter uma nova crise. Passei a tomar muita cerveja também, como se fosse um remédio. Quando eu achava que estava ficando estressada, eu passava a comer e a beber porque me relaxava e trazia boas sensações e aí eu me sentia mais longe de uma nova crise de Burnout.
Obviamente eu comecei a ganhar muito peso e me sentia péssima comigo mesma. Entrei em um ciclo infinito de: estou triste, como chocolate, engordo e fico mais triste. Me via sem burnout mas sem resolver as questões que estavam me fazendo ficar desequilibrada. Conheci o Health Coach por um trabalho e resolvi fazer o processo e foi fundamental para acabar com a sensação de insatisfação comigo mesma.
Procurei o Health Coach pensando somente em alimentação, mas me dei conta que o processo poderia me trazer muito mais, pois para estar saudável é muitas vezes preciso mexer em coisas como carreira ou relacionamentos por exemplo.
Primeiro de tudo o Health Coach me ajudou a ver que as demandas estarão sempre aí e o importante é saber gerenciá-las. O segundo passo foi passar a respirar e meditar diariamente, mesmo por poucos minutos, mas isso me fez conseguir manter a cabeça no lugar antes de tomar qualquer decisão importante. Aprendi também a delegar para minha equipe e a capacitá-los para poderem representar a empresa no meu lugar quando necessário, consequentemente consegui liberar tempo para cuidar de mim e por fim revi minha relação com a comida.
Meus exames de rotina já tinham apresentado o impacto dos meus novos hábitos e depois de organizar minha vida profissional, foi uma consequência natural do processo deixar de comer chocolate e beber cerveja como fuga. Sem tanta ansiedade e com a vida mais organizada, não tinha a necessidade destas âncoras no meu dia a dia. Outro ponto bem importante foi que inclui exercícios na minha rotina. Hoje, meu novo "vício" é exercício físico. Vou na academia pelo menos 4 vezes na semana e a sensação que me gera ajuda muito a me manter equilibrada sem pensamentos negativos ou ansiedade por comida.
Como você se sente agora?
Acho que quem já teve Burnout vai lidar com isso de maneira constante. Muitas vezes eu entro em uma pilha de: "Meu Deus, parece que vou voltar à minha vida anterior" e ao mesmo tempo penso: "Calma, está tudo bem, eu estou em uma semana caótica, as coisas estão difíceis, mas eu vou conseguir voltar à minha nova rotina e vai ficar tudo bem". Não é fácil, exige disciplina, mas o Health Coach me trouxe isso também, incluir uma certa disciplina, rotina e organização à minha vida.
Outra coisa que foi fundamental para mim foi aprender a respirar. Quando você está muito acelerada, isso te ajuda a desacelerar, e eu nunca imaginei isso. Parece uma coisa boba, mas para mim foi tão incrível pois eu achava realmente impossível, eu, ansiosa como era, conseguir prestar atenção na respiração, meditar… e hoje vejo a diferença que fez no meu dia a dia e não vivo sem.
O que você recomendaria para as pessoas que estão lendo esse texto?
Para quem está lendo, eu diria: não tenha vergonha de pedir ajuda!
Sei que as vezes não queremos admitir que algo não está bem, não queremos nos expor mas a ajuda profissional que recebi, tanto da Psiquiatra, quanto da Health Coach, foi fundamental para minha cura. Vejo que as pessoas não entram num processo de coach por que acham que é picaretagem ou por que não acreditam que elas precisam, mas a gente precisa do acompanhamento, da força, da continuidade, de alguém te ajudando a identificar o que gera as suas insatisfações e te relembrando das suas metas, te auxiliando a chegar lá. O processo de coach te ajuda a implementar uma rotina nova, hábitos novos, e depois que você entende e experimenta os benefícios, você incorpora e foi nisso que o Health Coach foi incrível, em me ajudar na incorporação de hábitos.
Muitas vezes a gente sabe tudo que precisa fazer, mas só faz quando tem um acompanhamento externo, Eu não teria passado por um processo real de transformação se não fosse o acompanhamento de 6 meses do Health Coach.
Nubia Tavares tem 33 anos. Foi jornalista de grandes empresas e a 5 anos decidiu virar empresária e montar sua própria agência de comunicação, a Join Us. Nubia é casada e mãe de uma linda menina e passou por um processo de transformação e auto-descoberta depois de sofrer um burnout.
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