BURNOUT: não espere ter um, para repensar sua vida profissional

No meu último artigo sobre o mundo do trabalho, comentei o quanto estamos mais preparados a enxergar novas formas de trabalho com um olhar mais amplo e cheio de opções e esperanças. Realmente acredito que estamos caminhando na direção de uma vida profissional com mais propósito e essência, porém não podemos nos esquecer que há ainda uma grande quantidade de pessoas que está vinculada a um trabalho somente por necessidades financeiras e o quanto isso pode gerar uma crise de burnout nesse time. Não sabe o que é Burnout? Então leia o artigo abaixo, descubra o que é e veja como evitá-lo.
30% da população ativamente econômica é afetada pelo Burnout
Um dos grandes geradores de stress da vida moderna é sem dúvida nossa relação com o trabalho. O problema é tão sério que 30% da força de trabalho no Brasil é afetada pela Síndrome de Burnout segundo pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma), um dos tipos mais devastadores de stress desencadeado pelas pressões corporativas. Outro dado alarmante é que apenas 20% das pessoas se dizem felizes no trabalho e mais mortes acontecem as 9h da manhã da segunda-feira segundo a pesquisa Gallup Healthways.
Identificar que está com um burnout nem sempre é fácil, ela pode ser confundida com uma grande crise de stress já que, via de regra, gera esgotamento físico e emocional, atitudes negativas, irritabilidade, mudanças bruscas de humor, lapsos de memória e potencialmente alguns problemas físicos como por exemplo dores musculares, dificuldades para dormir e problemas gastrointestinais. O mais importante é que caso perceba que está se sentindo muito esgotado com questões relacionadas ao trabalho que você procure um profissional da saúde para te ajudar neste diagnóstico e posterior tratamento.
De qualquer forma, caso você se identifique com alguns desses sintomas, além de procurar ajuda, eu acredito que é importante olhar para dentro de si e avaliar que papel o trabalho tem atuado na sua vida? Infelizmente muitas vezes nos forçamos a acreditar que trabalho é só trabalho, que não deve trazer satisfação nem sentimento de preenchimento.
Encarar assim não tem, a princípio, nada de errado, mas como passar tantas horas fazendo algo que não te traz satisfação é o grande ponto. Por isso, o stress e a frustração de não fazer algo prazeroso traz a pergunta: Como ser mais feliz no trabalho e como conseguir ter uma vida mais equilibrada a partir dessa resposta? E mais importante, como encarar essa nova ótica, antes de ser acometido por um Burnout? Separei para você quatro dicas para responder a essas perguntas espero que te ajudar a ter mais satisfação no trabalho!
Avalie seu volume de trabalho e suas prioridades
A primeira estratégia é avaliar o seu volume de trabalho e suas prioridades. Os brasileiros passam em média 8,7 horas por dia no trabalho segundo dados da pesquisa GetVoip e ainda assim, provavelmente você se sente tenso e oprimido por achar que não é capaz de dar conta de tudo que precisa entregar. Para reverter essa situação é preciso relativizar. Nem tudo tem o mesmo peso e importância, assim, avalie o que realmente é imprescindível ser feito agora e o que pode ter um prazo maior de entrega. Deixe claro para você mesmo o que é realmente importante e coloque 3 metas principais para o seu dia. Comece o dia por elas, garantindo que estejam entregues, se possível, antes do almoço. A sensação de "dever cumprido" e bem-estar vão tomar conta de você e a chance de você realizar outras tarefas importantes ainda no mesmo dia é grande.
Caso você sinta que ainda assim tem muita coisa a fazer, chegou a hora de rever o seu volume de trabalho, pois com os desafios da crise muitas empresas tiveram que reduzir seus quadros, mas não reduziram o trabalho. Se você trabalha em uma corporação, converse com seu gestor pois com certeza ele não faz ideia de como você se sente e se você colocar a questão de forma positiva, com o objetivo de ser mais produtivo e realizar melhores entregas ele será bastante acolhedor. Agora se você trabalha por conta própria, a negociação é com você mesmo, o que pode ser mais fácil, se você decidir que será.
Avalie se esse trabalho faz sentido para você
A segunda reflexão que você poderia se colocar agora é se você está trabalhando com algo que esteja de acordo com sua essência, com seus propósitos e crenças. Um grande gerador de stress é se obrigar todos os dias a estar em um lugar, fazendo o que não gosta, apenas para ganhar dinheiro para pagar as contas. Esse modelo realmente não funciona e não é sustentável a longo prazo, por isso tanta gente hoje está sofrendo de burnout e depressão.
Você tem talentos únicos e deveria buscar uma carreira/trabalho ideal, onde você use esses talentos e habilidades, trabalhe com pessoas que complementam suas fortalezas e talentos e onde você compartilhe visões, objetivos e ligações emocionais. Isso é o que você deveria estar vivendo! Isso é o que todos deveríamos estar vivendo, porém não significa necessariamente que você precise largar tudo e começar do zero, nem que precise mudar de área de atuação. Investigar como direcionar sua carreira para algo prazeroso é tarefa sua e se você focar em descobrir, certamente você encontrará o caminho.
Coloque o trabalho no seu devido lugar e medite
A terceira reflexão é sobre colocar o trabalho no seu devido lugar e encarar a vida profissional com mais leveza. Uma grande estratégia para auxiliar a desenvolver esse olhar tranquilo aos desafios corriqueiros do trabalho é a meditação. A ciência já comprovou que meditar diminui o estresse e auxilia a regular a produção de cortisol, diminui a quantidade de pensamentos negativos reduzindo a chance de desenvolvimento de depressão e aumenta as conexões cerebrais, melhorando a memória e a produtividade.
Uma técnica bem simples é fechar os olhos e observar a respiração, focar a atenção no ar entrando e saindo do corpo pelas narinas por 5 minutos diários. Essa técnica pode ser usada antes de uma reunião importante ou depois de receber uma notícia difícil e te ajudará a gerenciar suas emoções e reações perante os contratempos do dia a dia profissional.
Procure ajuda
Pode ser um mentor, um colega de profissão mais experiente, um coach... O importante é não deixar esse assunto de lado se ele te incomoda, pois a conta pode vir mais alta se você não cuidar do assunto agora. Procurar ajuda não é demérito, é ser corajoso o suficiente para encarar suas fragilidades e insatisfações e contar com alguém isento e competente para te ajudar a passar por essa crise.
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